Queda da taxa básica de juros deve ajudar cenário dos financiamentos imobiliários
Conselho de Política Monetária reduziu a taxa Selic para 8,25% ao ano.
08/09/2017 13:54
O Conselho de Política Monetária (Copom) se reuniu esta semana e confirmou as expectativas do mercado de que a taxa básica de juros, a Selic, iria sofrer um novo corte de 1 ponto percentual. Agora a Selic está em 8,25%.
A redução reforça o lado positivo da balança na decisão pela compra do imóvel. Além de crédito mais barato, outro cenário se desenha para os bancos que pode ajudar, aos poucos, os compradores.
O volume de crédito cresceu 10,9% em julho na comparaçãp com o mesmo período do ano passado, equivalente a um total de R$ 4,24 bilhões no acumulado do ano. O valor é ainda inferior aos anos de alta, a exemplo de 2014, quando o montante chegou a R$ 112,9 bilhóes referente ao mesmo período.
Esses valores são resultado de outro indicador relevante: os depósitos na poupança superando os saques. Esse dado é determinante para o setor porque o Conselho Monetário Nacional (CMN) determina que, de todo o valor de depósitos em poupança obtidos pelos bancos, 65% deve ser destinado ao crédito imobiliário. Na composição deste percentual, 20% vão para operações de mercado e 80% para o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que financia imóveis de até R$ 1,5 milhão em todo País (este teto foi estabelecido temporariamente e deve valer até 31 de dezembro deste ano).
Privados e Públicos
Estamos começando a ver uma certa disputa entre os bancos privados para oferecerem menores taxas e a tendêcia é que as condições de crédito melhorem na medida em que as captações aumentem. A situação, no entento, não é a mesma entre os bancos públicos, principalmente a Caixa Econômica Federal (CEF), maior operadora de financiamento imobiliário no País. Esses sofreram muitos abalos, como o FGTS - pelos saques das contas inativas e pela perda de captação gerada pelo desemprego - e outros usos que não focaram o mercado de imóveis.
Da parte do consumifor resta, então, não se contentar às taxas de balcão e usar a disputa dos bancos privados ao seu favor para barganhar as melhores condições.